Com medo de prisão, ex-prefeito de Buriti paga um dos três meses atrasados, de pensões alimentícias

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Pagamento de R$ 3.110,00 refere-se ao mês de novembro, mas ação do MPE prever pagamento dos meses vencidos (dezembro, janeiro e fevereiro).

Correio Buritiense


Com receio do que poderia acontecer com ele, principalmente depois da autuação por posse ilegal de armas de sua esposa, Ivonilce Mourão (clique aqui para saber mais), o ex-prefeito de Buriti de Inácia Vaz -MA, Neném Mourão, decidiu hoje (27) pagar a pensão alimentícia no valor de cinco salários mínimos, referentes apenas a novembro, determinada pela Justiça. Dessa vez, o “Macho maxixe maduro” ou “osso duro de roer”, como ele mesmo se autonomeia, recuou ante a possibilidade de ver o sol nascer quadrado.
O ex-prefeito estava relutante em pagar o determinado, tanto que ainda apresentou, no último prazo disponível, justificativa de impossibilidade de pagamento do valor de cinco salários mínimos (R$ 3.110,00) para alimentos provisórios, determinado em despacho do Juiz Dr Cristiano Simas de Sousa, titular da 1ª Vara da Comarca de Chapadinha, que respondia, até então, pela Comarca de Buriti. A decisão havia sido proferida em 8 de janeiro.
Na sua defesa, o ex-prefeito afirma ganhar apenas R$ 1.500,00 na função de secretário adjunto municipal de Educação (pasmem!), nomeado pelo atual prefeito, tendo, portanto, renumeração mensal inferior à metade do exigido pela juíza. Ou seja, o que ele está ganhando mal dá para ele se sustentar. 
PORTARIA QUE GARANTE AO EX-PREFEITO SECRETARIA ADJUNTA DE EDUCAÇÃO
Neném Mourão ainda argumenta que Gerlene Vieira de Sousa, mãe da menor e sua ex-amante, deveria arcar com parte das despesas, já que, segundo a defesa, seria funcionária pública no município de Anapurus. Questionada pelo Correio, Gerlene nega que ainda esteja trabalhando no hospital de sua cidade.
No documento de defesa apresentado, alega ainda ter créditos de quase 3 mil reais nas mãos de Gerlene, referentes a mercadorias e alimentos comprados em comércio. Como prova desse crédito, o ex-prefeito anexou onze notas de entrega, em valores médios de 200 reais, sendo que algumas correspondiam a material de construção. É mesmo irônica essa defesa, tendo em vista que a ação é para pagamento de pensão alimentícia e o ex-prefeito se defende apresentando notas de construção. Não conheço até hoje nenhuma criança que se alimente de tijolos e cimento.
Outro ponto que chama atenção na defesa do ex-prefeito é a função nobre a que se submeteu o, até então, vereador e presidente da Câmara Municipal de Buriti, Raimundo Camilo, atualmente vice-prefeito: levar mensalmente 300 reais a ex-amante do prefeito. Na declaração assinada pelo vice-prefeito, em 31 de janeiro, ele afirma ter pago, em nome do ex-prefeito, mensalmente, 300 reais, de 20 de janeiro de 2009 a 20 de janeiro de 2012, totalizando quase 11 mil reais, para Gerlene Vieira de Sousa.
Para completar suas alegações, o ex-prefeito ainda pede a nulidade do resultado do exame de DNA que comprovou a paternidade da criança. Ele justifica que o resultado positivo não pode ser apresentado como prova única. (Deus do Céu!) O que mais será então necessário para provar que Neném Mourão é o pai da menina que é parecidíssima com ele? Talvez as imagens das câmeras do dia da concepção? Sei não, mas essa defesa está mais parecendo enrolação de advogado. É a República de Buriti.